Carpina, PE
Uma casa para um lugar​​​​​​​
Projetada para um terreno em aclive na zona da mata pernambucana, esta residência explora a topografia natural como aliada à implantação arquitetônica e ao desempenho ambiental. A volumetria em balanço reforça a linguagem modernista e se apoia em uma lógica espacial clara, que organiza os ambientes em dois pavimentos com transições fluidas entre o espaço construído, o vazio e a paisagem. O projeto busca uma arquitetura que responda ao clima, ao entorno e à rotina dos usuários com leveza, proporção e clareza estrutural.
A partir de estudos solares e modelagem térmica, foram adotadas soluções passivas de conforto ambiental: orientação cuidadosa das aberturas, sombreamento por vegetação e beirais, ventilação cruzada permanente e envoltória com materiais de baixo impacto térmico. A laje ajardinada e a piscina natural no pavimento superior atuam como reguladores microclimáticos, enquanto a área permeável do solo supera os parâmetros mínimos urbanos, colaborando com a drenagem e o equilíbrio hidrológico local.
O uso de tecnologia BIM permitiu integrar desde as primeiras etapas de concepção os parâmetros de desempenho térmico, insolação e racionalidade construtiva. Isso possibilitou antecipar interferências entre disciplinas, compatibilizar sistemas e otimizar soluções de estrutura e instalações. O modelo também favoreceu tomadas de decisão mais transparentes, orçamentos mais precisos e controle técnico com menos retrabalho — gerando valor direto para a construtora e para o usuário final.
Com 296 m² de área útil e forte ênfase em eficiência energética e sustentabilidade, esta casa articula percepção espacial, adequação ao terreno e sensibilidade ambiental. Cada solução adotada busca não apenas reduzir impactos, mas elevar a experiência de morar em climas semiáridos, entregando um produto arquitetônico que soma qualidade espacial, responsabilidade ambiental e valor construtivo.
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